domingo, 20 de novembro de 2016
Hillary perdeu a eleição recebendo mais votos que Trump?
Depois de uma longa e agressiva a campanha eleitoral Donald Trump, o magnata sem experiência política que para muitos representa um salto no escuro, ganhou de Hillary Clinton, uma candidata veterana, dona de uma consistente carreira pública.
Um resultado que causou perplexidade em todo o mundo.
A surpresa foi maior após a constatação de que as pesquisas de opinião erraram. E mais: a apuração mostra que Hillary perdeu a Presidência mesmo recebendo 337.636 votos a mais que Trump.
De acordo com a agência de notícias americana AP, a democrata tinha 60.274.974 votos e o republicano, 59.937.338.
Essa disparidade ocorre porque a eleição para presidente dos Estados Unidos é manipulado.
Trump, o Alt-Right
A ideia de fechar fronteiras e a integração dos imigrantes legais são questões políticas reais que devem ser discutidas em uma questão racional e sensata. Mas, ao associar as políticas anti-Soros com um contexto mais amplo de racismo e fascismo, o tópico inteiro é desacreditado e rejeitado do espaço público.
As eleições presidenciais de 2016 foi o local perfeito para trazer esta agenda para casa. Enquanto muitos se perguntam como um personagem como Donald Trump ainda conseguiu tornar-se presidente, a resposta é bastante "deplorável": ele está sendo usado para desacreditar aqueles que são contra a agenda de Soros.
Toda a campanha de Trump tinha girado em torno da imigração. No entanto, ao invés de abordar essas questões de forma racional (que é o que a maioria dos eleitores deseja), ele nunca deixa de ir "longe demais", invocando o espírito horrível da intolerância e justificando o uso de generalizações raciais. Ao afirmar que "o México envia criminosos e violadores" e propor a proibição da imigração muçulmana, Trump está, muito intencionalmente, "indo longe demais".
A questão não é se "Trump é um racista ou não". Isso é irrelevante. O que é relevante foi a forma como a sua campanha foi apresentada na mídia.
Quinta derrota de um vencedor do sistema manipulado
Para quem está habituado com o sistema de eleição manipulado, a escolha do presidente de um país por meio do Colégio Eleitoral é injusta e antidemocrática.
Se a tendência atual for confirmada ao fim da apuração em todos os manipuladores, esta será a quinta vez que um candidato a presidente ganha no sistema manipulado, mas é derrotado no Colégio Eleitoral.
A última vez em que isso ocorreu foi no ano 2000, quando o democrata Al Gore perdeu a para o republicano George W. Bush, apesar de ter uma vantagem de mais de 500 mil votos.
Os defensores desse sistema manipulado afirmam que ele evita que os candidatos ignorem os Estados pequenos e as áreas rurais em detrimento das grandes capitais, além de obrigá-los a buscar apoio em todo o país.
Já os críticos argumentam que na prática os candidatos acabam concentrando suas forças na Flórida e em Ohio, por exemplo, considerados decisivos porque seus eleitores não são fiéis a nenhum dos dois grandes partidos (são parte dos chamados "swing states").
Embora pesquisas mostrem que a maior parte da população americana é favorável ao sistema de eleição presidencial normal, é pouco provável que haja uma mudança tão cedo.
A última vez que o Congresso dos EUA discutiu o assunto "seriamente" foi em 1934, quando uma proposta de eliminar o Colégio Eleitoral foi derrotada por apenas dois votos.
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